domingo, 7 de março de 2010

Higiene e câncer de pênis


O Brasil é um dos líderes mundiais na incidência de câncer de pênis, depois da Índia e da África. No Brasil, a relação é de um caso para 100 mil habitantes. Na Índia, a incidência é de 3,32 casos para 100 mil habitantes. A menor incidência é encontrada entre os judeus nascidos em Israel, próxima a zero. A circuncisão néo-natal, isto é, feita na criança, reduz em quatro vezes a chance de o indivíduo contrair essa doença.
A maior incidência da doença é no Nordeste e, dentro da região, a maior prevalência é no estado do Maranhão, associada à falta de higiene e ao aspecto da presença da fimose. "A fimose é o grande fator anatômico que impede o paciente de higienizar o pênis. A grande maioria dos pacientes que tem câncer de pênis é portadora de fimose, está já idosa e nunca teve condição de expor a glande para poder higienizar".
Infelizmente, o tempo médio de procura dos brasileiros por um médico especialista é de seis meses. Isso faz com que a doença seja descoberta, na maioria das vezes, em estágio avançado, quando o tratamento só se dá por cirurgia de retirada do tumor e conseqüente mutilação do órgão. “Uma lesão maligna descoberta precocemente é facilmente curada com laser e cauterização. Mas à medida que a doença avança, o tratamento exige amputações de parte e até de todo o pênis”, dizem os médicos. Nesse caso, os pacientes sofrem um grande trauma e precisam de acompanhamento psicológico. O tempo de internação chega a até três semanas.
Quando o câncer ultrapassa a glande e o corpo do pênis, atingindo a região inguinal (sistema linfático), caracteriza-se a metástase. A sobrevida, nesse ponto da doença, chega a menos de 20% dos casos depois de cinco anos. Por isso, procurar ajuda o quanto antes é imprescindível. “O principal inimigo dos homens é a desinformação”.
Postado por: Nara Juliana (Biomedicina 348-6).

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