quarta-feira, 24 de março de 2010

PRIAPISMO NA DOENÇA FALCIFORME

Priapismo é definido pela ereção peniana prolongada e dolorosa não acompanhada de desejo ou estímulo sexual, usualmente persistente por mais de quatro horas. Esta condição é considerada uma emergência urológica e, infelizmente, a disfunção erétil é seqüela comum no tratamento inadequado.
Classicamente, de acordo com o grau de oxigenação sangüínea no corpo cavernoso, são descritos dois tipos de priapismo: baixo fluxo (isquêmico) e alto fluxo (não isquêmico). Inicialmente descrita por Diggs em 1934, a forma típica de priapismo em pacientes portadores de doença falciforme é a de baixo fluxo, podendo ocorrer de modo agudo ou recorrente (stuttering). O priapismo recorrente é caracterizado por episódios durante o sono onde não ocorre detumescência ao acordar. Em geral, dura menos de três horas, não cursa com dor intensa e tende a cessar espontaneamente. Entretanto, quando ocorre repetidamente tende a interferir na qualidade de vida do paciente.


Na anemia falciforme, o priaprismo está associado com baixo nível de hemoglobina e com alterações nos marcadores de hemólise: contagem de reticulócitos, bilirrubinas, desidrogenase lática e aspartato aminotransferase (AST). Além disso, pacientes com priaprismo têm cinco vezes mais chance de desenvolver hipertensão pulmonar.

FONTE: VicariI P., Figueiredo S. Maria, Priapismo na doença falciforme Rev. Bras. Hematol. Hemoter. v.29 n.3 São José do Rio Preto jul./set. 2007
POSTADO POR: PATRICIA/ TICILA / PAULO TURMA: 221.5

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